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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Entrevistado pela Revista Rolling Stone (2007)

Keith Richards e Johnny Depp: irmãos de sangue
David Wild


Keith e Johnny interpretam pai e filho em Piratas do Caribe: No Fim do Mundo. Em um intervalo das filmagens na Califórnia, a dupla falou sobre a estranha relação que une os rock stars e os piratas na vida real e na ficção

“Entra, aí fora está um inferno.” Com essas palavras, o ator Johnny Depp abre a porta de seu trailer com ar-condicionado e oferece um alívio abençoado para a onda de calor brutal da Califórnia. Aqui, nos estúdios da Disney, em Burbank, onde está sendo produzido Piratas do Caribe: No Fim do Mundo, o trailer de Depp – onde reggae e música africana estão constantemente nos alto-falantes – é seu oásis no meio da inclemência da terceira tentativa a indicação para o Oscar como o pirata Jack Sparrow – agora, através do suposto capítulo final deste tesouro de bilheteria (US$ 1,6 bilhão até agora).
Nos últimos dias, Depp vem gentilmente compartilhando seu moquifo com o guitarrista Keith Richards, que está em um hiato da turnê Bigger Bang, dos Rolling Stones, e veio aos Estados Unidos para filmar o pequeno, porém fundamental, papel do Capitão Teague, pai de Jack Sparrow. E ele está muito próximo do próprio estereótipo, uma vez que Depp admitiu ter usado Richards como modelo para criar o seu pirata dos olhos pintados e dreadlocks. Como escreveu (o crítico de cinema) Roger Ebert: “Depp parece estar dando vida a uma drag queen bêbada com aquele lápis no olho e com seu jeito despreocupado de engolir as palavras”.
Deixemos de lado aquelas histórias que circularam através do colega pirata, o ator Bill Nighy, de que Richards estava tão embriagado no set que o diretor Gore Verbinski teve que segurar firme suas canelas enquanto ele filmava suas cenas. No momento, tanto Depp quanto Richards estão prontos para entrar em ação, vestidos com o traje de gala completo dos piratas para as cenas do dia. Richards, que trabalhou a manhã toda, aparece fantasticamente rasgado e maltrapilho, de bandana e tranças, cicatrizes e remendos, barba por fazer e uma camisa bufante. A piada é que ele não fica muito diferente de quando está no palco com os Rolling Stones.
O trailer de Depp é espaçoso como o de um grande astro e muito bem arrumado – com sofás e tapeçarias nas paredes – apesar de o local estar com o jeitão assustador de uma sala de vodu. Afinal, Richards – uma figura com certificado de indomesticabilidade – disse recentemente que era tão próximo de seu falecido pai, Bert, que cheirou suas cinzas com um pouco de cocaína. Ele falou que estava brincando, é claro, mas com Keith Richards nunca se sabe. Dias antes, outro repórter foi vítima da ira de Keith por confundir seu famoso anel de caveira com uma cópia de uma jóia parecida usada por Iggy Pop. A asneira levou o ícone do rock a ameaçar o jornalista de sodomia com uma banana. Richards, 63, e Depp, 43, são amigos há dez anos. Depp é totalmente solícito com seu pai na grande tela e se oferece até para ir buscar cigarros, transformando-se no office boy mais bem pago de Hollywood. “Até que eu gostaria, sim”, diz Richards, “valeu, meu velho.” Fica claro que Depp, músico há muito tempo e fissurado em guitarra, está curtindo muito este tempo com Keith Richards nos estúdios da Disney. Por conta de toda a aura roqueira que Richards leva consigo aonde quer que vá, sua afeição por Depp fica clara quando ele o chama de “cuzão”.

A primeira pergunta é para você, Keith. Sua carreira como astro do rock foi, na verdade, uma espécie de laboratório para o papel de um pirata?
Keith Richards: Acho que dá para ver por esse lado, sim. São dois jeitos diferentes de levar uma vida desonesta. E os piratas são muito democráticos. Tudo está à venda: perna esquerda por tanto, testículos por tanto... Quero dizer, eles tinham negócios rolando naqueles barcos que estavam muito além da Constituição.

Você também tem experiência com bandas, Johnny, na sua adolescência, com a The Kids. Já descobriu se existe alguma diferença entre piratas e roqueiros?
Johnny Depp: Sempre achei que os piratas eram os roqueiros do século 18. Em ambos os casos [dos piratas e dos roqueiros], o mito chega antes deles. Eles estão em todas as bocas meses antes de aportar.

Lembra quando soube pela primeira vez do mito de Keith?
Depp: Isso aconteceu muito cedo. Simplesmente descobri sua música e ele sempre foi meu primeiro amor, desde criança. Lembro de quando comecei a fuçar em uma guitarra pela primeira vez. E Keith está muito na vanguarda.

Já tiveram a oportunidade de tocar juntos?
Richards: Ainda não.

Johnny, e como você se compara, como guitarrista, com esse deus da guitarra aqui?
Depp: Não gostaria nem de começar.
Richards: O Johnny deve ser melhor do que acha que é e eu provavelmente não sou tão bom quanto ele imagina.
Depp: Eu quase tive medo de encontrar Keith por um bom tempo. Sempre existe o temor de que seus heróis vão ser uns imbecis.
Richards: Quando o conheci, no começo pensava: “Ah, outro porra de amigo do meu filho”. O Johnny começou nesse status, depois foi ganhando espaço.

Quanto tempo faz isso?
Richards: Acho que foi em 1995, em Nova York. Ou será que foi na Disneylândia? Meu filho Marlon me falava: “Você tem que conhecê-lo, ele é seu fã de verdade”. Então, acabei encontrando o Johnny. Não sabia direito o que ele já tinha feito, achei que era um guitarrista, então pensei: “Ah, ele fez uns filmes também. Mais um daqueles caras”. Mas depois, ao longo dos anos, a gente se conheceu melhor, tanto que estou aqui vestindo isto [ri de si mesmo ao se ver caracterizado de pirata].

:O

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