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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Entrevistado pela Revista Elle (2006)

Encontro com o pirata, por Elaine Guerini, de Los Angeles

Três dias depois da première mundial de Piratas do Caribe - O Baú da Morte, na Disneylândia, Johnny Depp falou com exclusividade à ELLE brasileira em Los Angeles, nos EUA.


Charmoso (como sempre), o ator vestia jeans e camiseta preta e cobria os cabelos desgrenhados com um chapéu marrom, do qual não desgruda mais. Com fala macia e jeito sossegado, mostrou mais uma vez porque é um dos astros mais queridos de Hollywood.
"Sou um cara esquisito, como qualquer outro", brincou Depp, escalado para reprisar o papel do insolente e irresistível Jack Sparrow na aventura que estréia nas telas brasileiras no próximo dia 21.

Até o pirata Jack Sparrow surgir na tela ninguém podia imaginar você numa produção da Disney. Como foi revisitar o personagem?
 Jack é o meu passaporte para a diversão. Assim que visto aquele figurino de pirata, minha única preocupação é ser livre e irreverente. E o melhor da história é que não serei punido por isso (risos).

Sente-se grato ao personagem que lhe trouxe sua primeira indicação ao Oscar, em 2004? (A segunda veio com Em Busca da Terra do Nunca, em 2005.)
 Sim, mas confesso que até hoje essa indicação não faz sentido para mim. Talvez eles tenham se enganado e ninguém percebeu ainda. Fiquei em choque quando soube. Estava em casa e tinha acabado de acordar. Liguei a TV enquanto preparava a mamadeira do Jack (seu filho com a cantora Vanessa Paradis, com quem também tem uma menina, Lily-Rose). Mas antes que eu pudesse colocar num canal de desenhos, ouvi o meu nome no anúncio dos indicados da Academia. Tomei um susto e mudei imediatamente de canal. Fiquei em estado de absoluta negação até que o telefone tocou.

Como encara o sucesso profissional? Mudou algo pelo fato de você ser a atração principal de uma franquia milionária? (Piratas do Caribe – A Maldição da Pérola Negra, lançado em 2003, arrecadou mais de US$ 600 milhões no mundo todo.)
 A minha perspectiva do sucesso ainda é a mesma. Sempre me senti muito mais próximo dos filmes que, para o padrão de Hollywood, nunca foram bem-sucedidos. Mas, para mim, todos os filmes que fiz foram sucessos. Só a sensação de ter cumprido o dever já me traz satisfação. O fato de um público muito maior ter visto Piratas não altera nada

Mas não se sente orgulhoso por ter Hollywood a seus pés sem ter vendido a alma e aceitado os papéis mais pasteurizados da indústria?
 Não sei como explicar. Talvez isso tenha acontecido porque nunca aceitei a idéia de viver uma mentira. Não deve ser nada agradável quando alguém chega ao fim da vida e se dá conta de que foi uma fraude. Até hoje só fiz os filmes que queria. Só trabalhei com os diretores que me interessavam e fiz os papéis que me instigavam. É curioso, mas sempre achei que filmes como Dead Man (1995) e Medo e Delírio (1998) tivessem potencial comercial. Pelo menos eu pagaria para vê-los.

Nunca pensou em encarnar, só para variar, um sujeito mais convencional num set de filmagem?
 Já flertei com essa idéia. Mas talvez o que me afaste mesmo dos papéis convencionais é o fato de tantos atores já fazerem esse trabalho tão bem. Para que precisariam de mais um? Então prefiro proporcionar algo diferente. Algo que talvez faça a platéia se sentir mais à vontade com as próprias esquisitices. De certa forma, acho que o personagem-título de Donnie Brasco (1997) foi o mais normal que já fiz. O mais normal que um agente do FBI infiltrado na máfia poderia ser.

Você é considerado um cara excêntrico, tanto pela trajetória pessoal quanto profissional. Como convive com o rótulo?
 O mundo é repleto de gente esquisita. Todos nós temos as nossas idiossincrasias, manias, obsessões e outras reações de uma desordem mental qualquer. Não acredito ser o mais peculiar de todos. Talvez apenas use o meu crachá de esquisito com mais freqüência que o resto do mundo (risos).

O personagem Jack Sparrow é doido por uma garrafa de rum. Qual a sua relação hoje com a bebida?
 Rum é muito bom, mas há tempos desisti dos destilados porque eles sempre me metiam em encrencas no final da noite. Então o jeito foi me tornar um apreciador de vinho, principalmente de um Bordeaux intenso. Tive de abandonar as loucuras porque não podia mais abusar da sorte. Afinal o cara lá de cima deve gostar muito de mim pelo fato de ter me dado uma mulher e dois filhos incríveis.

E onde foi parar toda aquela rebeldia da juventude?
 Tudo isso ainda está comigo, mas não é mais tão proeminente quanto era há oito, dez, doze anos. Isso tudo foi antes de eu me tornar a pessoa que sou hoje. Mas não nego. Ainda está aqui, principalmente porque acredito ser uma herança genética. Talvez interpretar personagens tão malucos quanto Jack me ajude a extravasar um pouco.

O público esperava mais cenas com Jack nessa continuação, mas sua participação não cresceu em comparação ao primeiro filme. Você e o diretor Gore Verbinski não se sentiram tentados a explorar melhor o personagem?
 Quando começamos a discutir a trilogia (Piratas do Caribe 3 estréia em 2007), disse a Gore que achava importante não fazer das seqüências apenas um show de Jack Sparrow. Precisávamos encontrar um equilíbrio entre todos os personagens da história e não cansar a platéia com as gags dele.

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