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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Entrevistado pela Revista Época (2007)

Johnny Depp e suas máscaras
O ator conta como se baseou no roqueiro Keith Richards (que agora participa do filme) para compor o pirata Jack Sparrow de Piratas do Caribe


Por Paoula Abou-Jaoude, de Los Angeles


Sem a prótese de dentes de ouro com a qual acostumou a conviver nos últimos dois anos, usando chapéu e óculos de grau e sempre muito cool, Johnny Depp falou com a imprensa internacional, via satélite de Londres, onde ele está terminando de rodar seu próximo filme, o musical Sweeney Todd, no qual interpreta um barbeiro serial killer.

ÉPOCA - Cinco anos depois e um faturamento mundial de US$ 1.7 milhão somente com os dois primeiros filmes, a trilogia Piratas do Caribe chega ao fim. Como avalia essa jornada?
Depp - Filmar Piratas para mim entra naquela categoria de um estranho trabalho a cair nas mãos de um homem maduro (risos). Em suma foi um deleite fazer um filme dessa escala e com resultado tão inovador, principalmente para alguém que sistematicamente sempre fez filmes mais difíceis de atrair grande público como eu (risos). Bato três vezes na madeira também pelo fato de não ter ficado mareado ao filmar cenas em alto-mar. Nos últimos anos de minha vida, o que mais vi pela frente foi gente ficando verde (risos).

ÉPOCA - Neste filme você contracena com um dos ícones do rock mundial: Keith Richards. Como foi o encontro?
Depp - Foi lindo. A melhor analogia que posso fazer dele é a de um atirador do velho oeste chegando e conquistando uma cidade inteira. Toda nossa equipe ficou encantada. Um dos técnicos chegou a encomendar um violão especialmente para Keith na Danny Ferrington, um dos maiores especialistas em violões e guitarras costumizadas, somente na eventualidade de ele querer dedilhar um pouco de música em cena, o que acabou acontecendo.

ÉPOCA - Keith Richards foi uma de suas inspirações Jack Sparrow, correto?
Depp - O personagem nasceu da idéia, mas não de uma imitação, dessa figura mítica que Keith representa ao rock’n’roll. Mas Jack Sparrow também toma emprestado dos desenhos que assisti com meus pimpolhos. Meus personagens costumam brotar assim, de coisas pelas quais sou apegado. Edward Mãos de Tesoura nasceu das memórias de um cachorro que tive quando adolescente.

ÉPOCA - Muita gente tem uma opinião diferente a respeito de seu método de atuar. E você, como o descreveria?
Depp - Talvez a melhor maneira que eu tenha para descrever meu trabalho é compará-lo com um grande ensopado feito com as sobras de comida do dia anterior (risos).

ÉPOCA- No próximo mês completam-se três anos da morte de Marlon Brando, um ator de quem você foi muito amigo. O que Brando representou para sua geração?
Depp - Muito. Mesmo ao balançar uma colher de café em cena, Brando era capaz de criar momentos de profunda grandeza. Nesse aspecto, nunca houve um ator como ele.

ÉPOCA - Sweeney Todd, seu próximo filme, será bem diferente de Piratas: um musical sobre um barbeiro/seria killer inglês que costumava cortar a garganta de suas vítimas. Por que escolheu esse projeto?
Depp - Essencialmente faço qualquer coisa que meu amigo Tim Burton me peça (risos). Em segundo lugar, trata-se de um brilhante trabalho do compositor Stephen Sondheim. Por fim, é um enorme desafio, pois cantar num musical é uma arena pela qual nunca transitei antes. Um homem de 43 anos entrando em estúdio para gravar pela primeira vez é muito estranho e não recomendo. (risos). O mais importante é que ainda não fui demitido (risos).

ÉPOCA - O que achou da eleição de Nicolas Sarkozy para a presidência da França?
Depp - De minha perspectiva de estrangeiro, acredito de que se trata de um período muito excitante para a França. Mudanças, o desconhecido, costumam sempre gerar uma certa excitação. Sarkozy parece ter feito grandes promessas para a França, então esperemos pela direção que ele irá tomar.

ÉPOCA - Pensa em possuir cidadania francesa algum dia?
Depp - Esse é um vespeiro que eu definitivamente não quero mais cutucar (em 2003, Depp foi bastante atacado ao criticar o governo Bush e dizer que os EUA são como um “cãozinho estúpido e agressivo”) Sou muito feliz como cidadão americano. Com meus filhos tendo dupla cidadania, o que me faz ser um convidado oficial na França, isso já é suficiente para mim

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